Alterações seminais podem levar a infertilidade masculina.
A infertilidade masculina é, infelizmente, mais comum do que se imagina e atinge homens em diversas idades.
O acompanhamento médico e exames regulares são fundamentais para identificar e tratar a origem do problema.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), estima-se que cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva no Brasil enfrentem problemas de infertilidade. Isso representa cerca de 8 milhões de casais.
Os problemas de infertilidade podem afetar tanto os homens quanto as mulheres, e o fator masculino é definitivo em pelo menos 30% dos casos.
É importante destacar que a infertilidade é uma condição que pode ser tratada, e existem diversas opções de tratamento disponíveis. O mais importante é procurar ajuda especializada.
Existem várias alterações seminais que podem levar à infertilidade masculina, veja a seguir:
Algumas das principais causas de alterações seminais são por:
- Baixa contagem de espermatozoides: uma contagem de espermatozoides abaixo de 15 milhões por mililitro de sêmen é considerada baixa e pode afetar a fertilidade. Essa condição também é chamada de Oligospermia, e pode ser classificada em níveis de gravidade:
- Oligospermia Leve: 10 a 15 milhões de espermatozoides por ml;
- Oligospermia Moderada — 5 a 10 milhões de espermatozoides por ml;
- Oligospermia Grave — menos 5 milhões de espermatozoides por ml sêmen.
- Motilidade reduzida dos espermatozoides: espermatozoides que não se movem adequadamente têm menos chances de fertilizar o óvulo. A condição de astenospermia ocorre quando menos de 32% dos espermatozoides se deslocam corretamente.
- Morfologia alterada dos espermatozoides: Quanto maior a quantidade de espermatozoides com formas anormais, defeitos de morfologia, maiores as chances de infertilidade masculina. Em casos em que o índice de espermatozoides com morfologia normal for menor que 4%, considera-se o diagnóstico de teratospermia.
Veja a lista de fatores que podem causar alterações seminais
- Varicocele: uma condição em que as veias no saco escrotal se dilatam, afetando a temperatura do testículo e a produção de espermatozoides.
- Infecções como clamídia ou gonorréia, podem afetar a produção de espermatozoides e a fertilidade.
- Obstruções do trato reprodutivo: obstruções nos dutos deferentes, que transportam os espermatozoides dos testículos para a uretra, podem impedir a ejaculação de espermatozoides.
- Hormônios desregulados: desequilíbrios hormonais, como baixos níveis de testosterona, podem afetar a produção de espermatozoides.
- Exposição a substâncias tóxicas: a exposição a substâncias tóxicas, como pesticidas ou produtos químicos industriais, pode afetar a produção de espermatozoides e a fertilidade.
- Fatores de estilo de vida: fumar, consumo de álcool em excesso, uso de drogas recreativas e obesidade podem afetar a produção de espermatozoides e a fertilidade.
Ausência de espermatozoides no sêmen
A azoospermia é a condição em que não há espermatozoides presentes no sêmen ejaculado. Essa é considerada a alteração seminal mais grave, pois impede qualquer chance de a fertilização natural ser bem-sucedida se não for tratada. É uma das principais causas de infertilidade masculina e pode ocorrer por diferentes motivos.
Existem dois tipos de azoospermia: obstrutiva e não-obstrutiva.
A azoospermia obstrutiva é causada por uma obstrução física nos ductos que transportam os espermatozoides dos testículos para o pênis, o que impede a liberação dos espermatozoides. Essa obstrução pode ser congênita ou adquirida, por exemplo, em consequência de infecções ou cirurgias.
Já a azoospermia não-obstrutiva é causada por um problema na produção de espermatozoides, que pode ter diversas origens, como a falência testicular, doenças genéticas, deficiência hormonal, exposição a toxinas ou radioterapia.
Diagnóstico
O diagnóstico de qualquer alteração seminal é feito através do espermograma, o principal teste para avaliar a fertilidade masculina. Em caso de ausência de espermatozoides ou alterações significativas, são realizados exames adicionais, como ultrassonografias, biópsias testiculares e exames genéticos, para investigação e determinação da causa da condição.
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